O manejo da pastagem tem impacto direto na produtividade do rebanho e na condição geral do solo;
30 cm é a altura de corte ideal, aponta estudo

Produtores que adotam sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP) em solos do Arenito Caiuá devem observar o limite de 30 cm na altura de corte em pastagens de braquiária. A conclusão é de um estudo publicado por pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná).

O manejo da altura de pastejo tem impacto direto na produtividade do rebanho e nas condições gerais do solo, especialmente a taxa de infiltração de água, segundo o pesquisador Jonez Fidalski. “Ao contrário de outros sistemas ILP, não tínhamos ainda essas informações para as condições do Noroeste paranaense”, ele explica.

O experimento foi conduzido na Estação Experimental de Xambrê (a 20 quilômetros de Umuarama) e envolveu cinco períodos de pastejo no outono-inverno, intercalados com o cultivo de soja no verão. Utilizando animais da raça Purunã, foi avaliada a magnitude da carga animal no terreno, os efeitos sobre a estrutura do solo e infiltração de água e, ainda, a produção de matéria seca — parte aérea e raízes — da forrageira.

De acordo com Fidalski, o estudo permitiu concluir que o pastejo a 30 cm altura é um referencial para definir o manejo de pastagem no arenito Caiuá. “Esse é o parâmetro para otimizar o aproveitamento da forrageira, maximizar o ganho de peso do rebanho, obter melhores taxas de infiltração de água e aumentar a qualidade estrutural do solo”, conclui.

O artigo foi publicado na revista científica Semina Ciências Agrárias e pode ser baixado CLICANDO AQUI, texto em inglês. Também participaram do projeto os pesquisadores Ivan Bordin, Sérgio José Alves e Graziela Moraes de Cesare Barbosa, todos do IDR-Paraná.

Reportagem: Edmilson Liberal