Produtores recebem adubo fosfatado através do Prosolo 21/01/2021 - 15:00

A adubação fosfatada é um recurso que pode melhorar, sensivelmente, a produtividade das lavouras. No entanto, nem todos os agricultores usam este recurso devido ao custo do insumo. Em Rancho Alegre d'Oeste, 35 produtores familiares foram beneficiados com 60 toneladas de adubo fosfatado, por meio da Gestão em Microbacias – Conservação de Solo e Água, uma ação do Programa Integrado de Conservação de Solo e Água (Prosolo), da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab) em convênio com a prefeitura.

Ao todo foram distribuídas 429 toneladas do corretivo que vão complementar a correção de solos com calcário. De acordo com os servidores do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), tanto o calcário como o adubo fosfatado têm por objetivo dar melhores condições de fertilidade ao solo. Ambos os insumos ajudam no desenvolvimento vegetativo das plantas cultivadas. Espera-se que as famílias beneficiadas consigam obter uma melhor rentabilidade de suas lavouras, além disso, o solo também estará mais protegido dos processos erosivos, já que o insumo melhora o desenvolvimento das raízes das plantas.

Os agricultores familiares foram selecionados após a realização de uma consulta pública e a elaboração de um plano de ação na microbacia Rio Barreiro. Para receber o insumo, cada beneficiário apresentou a análise de solo. Desta forma, foi possível calcular a correta dosagem do adubo fosfatado para cada propriedade. Serão corrigidos aproximadamente 750 hectares.

Paulo Silva Barbosa, extensionista do IDR-Paraná de Rancho Alegre d'Oeste, informou que a recomendação é que sejam aplicados de 280 a 300 quilos do adubo fosfatado por alqueire e o custo do insumo chega a R$1.500,00 por tonelada. "A maior parte dos produtores prefere usar o adubo comum, que tem fósforo em menor quantidade, do que investir no adubo fosfatado por causa do custo", observou.

O Prosolo

O Paraná sempre esteve na vanguarda entre os estados brasileiros em ações de conservação de solos. Assim foi com a estruturação e início da implantação do Programa de Microbacias em meados da década de 1980, há mais de 30 anos. O Sistema de Plantio Direto avançou e atualmente a maioria dos produtores de grãos no Paraná e no país se utiliza deste processo em suas lavouras. Todavia, ao longo dos últimos anos, fatos relevantes passaram a impactar negativamente a agropecuária paranaense.

Com o retorno dos processos erosivos nos solos da agricultura do Paraná, gerando perdas na produção e na produtividade da agropecuária, torna-se necessário formatar um conjunto de ações estruturais para retomar o processo de conservação do solo e água. Não só para recompor, mas principalmente para ampliar a produtividade da agropecuária paranaense.

Para geração de maiores benefícios aos produtores rurais e para a sociedade, são necessárias atuações conjuntas de organizações públicas e privadas em projetos integrados, a fim de reativar e manter as ações de conservação do solo e água com o intuito de incrementar a produtividade agrícola com preservação ambiental.

Assim surgiu o Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná, um programa inovador, por contar com a ampla participação da iniciativa privada, reunindo ações de diversas entidades com o objetivo de promover a conservação do solo e da água, servindo de suporte ao produtor rural com ações de treinamento e pesquisa, definindo critérios técnicos de sistemas conservacionistas para redução de perdas de solo e água em solos, manejos, climas e cultivos regionais do Paraná.

Reportagem: Roberto Junior Monteiro