Produtora paranaense de morangos recebe prêmio de inovação no meio rural 16/11/2021 - 11:01

Nos últimos três anos Rosana Gabardo Pallu, de Mandirituba, mudou completamente de vida. Ela deixou de ser confeiteira na cidade para se aventurar na produção de morangos, e não se arrepende da mudança. Além de conseguir uma boa produtividade, Rosana já teve o reconhecimento do seu trabalho. Na última semana ela recebeu a premiação de segundo lugar do Prêmio Produtor Rural 4.0/Categoria Pequena Propriedade, concedido pelo Agrobit Brasil, um evento sobre inovação e tecnologia no meio rural. A premiação tem como objetivo incentivar produtores rurais que promovem a inovação no setor agropecuário, em busca da sustentabilidade econômica, social e ambiental. 

"Fiquei muito feliz. Não esperava nem ser indicada, quanto mais ficar em segundo lugar. Agora tenho que honrar esse prêmio. Tenho que ficar melhor ainda e produzir alimentos com cada vez mais qualidade. Já estou fazendo mais cursos para melhorar ainda mais", disse Rosana. Atualmente ela e o marido têm quatro estufas, com 18 mil pés de morango. 

Alexandre William da Costa Marra, supervisor regional do Senar Paraná, foi quem indicou a propriedade de Rosana para o prêmio. Segundo ele, o trabalho desenvolvido na propriedade com o cultivo elevado, em área protegida, o uso racional da água, o controle biológico de pragas, o MIP (Manejo Integrado de Pragas) e a rastreabilidade credenciaram a produtora a participar da competição. Além disso, ele acredita que outro aspecto chamou a atenção. "Eu acho que pesou muito a velocidade com que a Rosana chegou a esse ponto. Ela começou o cultivo em 2018, dobrou a produção e já construiu uma “packing house", informou.

A propriedade de Rosana e do marido José Marcos produz 21.000 quilos de morango por ano. As frutas são vendidas para intermediários e também são entregues a supermercados da Região Metropolitana de Curitiba. O cultivo é feito em estufas, em bolsas plásticas (labs) ou calhas instaladas sobre uma bancada a aproximadamente um metro do solo. O substrato é previamente preparado e as plantas recebem todos os nutrientes por meio do sistema de irrigação. Dessa maneira, tem-se um ambiente mais controlado e plantas mais saudáveis, com baixa incidência de doenças e pragas. A produtora ainda usa caldas alternativas com produtos a base de microorganismos naturais, reduzindo drasticamente o uso de produtos químicos. De acordo com o servidor Luís Gustavo Lorga, do IDR-Paraná, os agrotóxicos são usados de forma controlada, respeitando as noções de boas práticas agrícolas. Ele informou ainda que os produtores seguem participando de capacitações para melhorar os resultados com o plantio de morango. 

Reportagem: Roberto Monteiro