Giro Técnico da soja reuniu 1.300 pessoas em todo o estado 15/12/2021 - 13:16

Neste ano mais uma vez a pesquisa e a extensão rural organizaram o Giro Técnico da Soja. O evento reuniu produtores, pesquisadores e extensionistas de todo o estado, entre 29 de novembro e 10 de dezembro, em toda as regiões produtoras de soja do Paraná. Durante os encontros cerca de 1.300 pessoas tiveram a oportunidade de conhecer práticas que promovem o aumento da produtividade das lavouras, maior rentabilidade dos cultivos e menor impacto ambiental para a atividade agrícola.

O Giro Técnico da Soja, promovido pelo IDR-Paraná e Embrapa-Soja, foi realizado em 17 diferentes cidades paranaenses. Um dos destaques das conversas foi a vantagem conseguida pelos produtores que adotaram o Manejo Integrado de Pragas (MIP). De acordo com Edivan José Possamai, coordenador estadual do programa Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, o trabalho de oito safras demonstra a possibilidade de reduzir pela metade o número de aplicações de inseticidas nas lavouras, sem perda de produtividade. Além do MIP, o Manejo Integrado de Doenças (MID), a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) e o manejo dos solos também foram temas discutidos durante o evento. “O giro técnico é uma metodologia que permite aproximar pesquisa, extensão e agricultores, na discussão das melhores práticas agrícolas e sua implantação nas lavouras”, ressaltou Possamai. 

Foram realizados 18 encontros em propriedades que são Unidades de Referência (UR) na aplicação do MIP, do MID, da FBN e do Manejo de Solos e Águas. Em todas elas os produtores contaram com a assistência contínua dos extensionistas do IDR-Paraná.  A cada encontro do Giro Técnico da Soja os produtores puderam constatar que é possível reduzir o uso de insumos, sem comprometer a produtividade das lavouras.  A aplicação do MIP, por exemplo, já demonstrou, em safras anteriores que é possível reduzir pela metade o uso de inseticidas. O MID, por sua vez, diminui em até 35% o uso de fungicidas segundo os extensionistas. Ambas as práticas racionalizam o uso de insumos na propriedade e resultam em menos poluição por agrotóxicos. Soma-se a essa redução dos custos o aumento da produtividade obtido pela Fixação Biológica de Nitrogênio. Alguns produtores observaram um aumento de 7,5% na produtividade de soja com a adoção da FBN. 

Reportagem: Roberto Monteiro