Exportação de polpas e frutas é possível com apoio da Assistência Técnica 13/01/2021 - 07:37

O cultivo de maracujá, acerola, uva e amora silvestre deve ganhar um incentivo na região noroeste do Paraná. O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) e a Cooperativa Agroindustrial de Corumbataí do Sul e Região (Coaprocor) desenham estratégias para alcançar o mercado externo. A cooperativa pretende planejar a cadeia, desde a produção até a industrialização das frutas e, para isso, contará com o apoio do Instituto.

A Coaprocor recebe a orientação dos extensionistas do IDR-Paraná, por meio do programa Mais Gestão, que profissionaliza a administração da cooperativa. Segundo os dirigentes da cooperativa, a estratégia de buscar mercado no exterior é de longo prazo. No entanto, as ações devem ser iniciadas o quanto antes. Isso significa planejar a realização de cursos e capacitações, bem como a mudança de tecnologias nas propriedades.

Atualmente a Coapracor reúne 700 cooperados, de 43 municípios. De acordo com Eliezer Tierling, extensionista que assessora a cooperativa, em 2019 os cooperados venderam 1,19 milhão de quilos de frutas e de polpa congelada, volume muito próximo ao do ano passado, cujos números ainda não foram fechados. As principais frutas comercializadas foram maracujá, morango, acerola, abacaxi, amora e laranja. A partir deste ano a cooperativa passa a participar do programa Revitis (Programa Revitalização da Viticultura Paranaense) que irá fornecer subsídios aos produtores interessados em implantar novos vinhedos ou investir na manutenção de plantios antigos.

Para melhorar os serviços prestados pelos cooperados, a Coaprocor recebeu do programa Coopera-Paraná, do governo do estado, um caminhão com baú refrigerado e duas caminhonetes, sendo uma delas equipada com furgão. Os veículos somaram R$ 410 mil, repassados a fundo perdido pelo programa. Além de atuar no mercado de frutas in natura e polpas congeladas, a cooperativa também produz mudas frutíferas e comercializa insumos agrícolas. Atualmente a Coaprocor industrializa as frutas e distribui a produção nos mercados varejistas, fechando assim uma cadeia do plantio à comercialização.

Para Olavo Aparecido Luciano, presidente da cooperativa, a parceria entre cooperativa e extensão rural, é um incentivo aos produtores. "Trata-se de fazer um planejamento a longo prazo, com o aumento de produção de uva e outras frutas para abrir novos mercados e levar novas tecnologia ao agricultor”. Eduardo Santos, coordenado estadual de Fruticultura do IDR-Paraná, disse que a partir dessa conversa foi possível alinhar as metas e objetivos da Coaprocor, visando capacitar os técnicos que atendem os agricultores. "Esse trabalho deve resultar em aumento de produtividade e renda para as famílias rurais e mais matéria prima para a agroindústria da cooperativa", observou.  O gerente da cooperativa, Carlos Alves, ressaltou que a parceria da cooperativa com o governo está cada vez mais forte, alinhando o trabalho da assistência técnica às necessidades da cooperativa, aumentando a variedade de produtos ofertados. "Isso reflete na propriedade familiar, onde aumentam as possibilidades de renda e a qualidade de vida da população rural”, concluiu.

Reportagem: Roberto Monteiro