Fruticultores participam de tarde de campo sobre pós colheita 16/12/2021 - 12:57

Produtores e técnicos de oito municípios das regiões de Curitiba e Irati conheceram, nesta quarta-feira (15), na Lapa, alguns cuidados que devem ser tomados com as frutíferas de clima temperado após a colheita. Servidores do IDR-Paraná orientaram os agricultores sobre o manejo das plantas e adubação, fatores que podem aumentar a qualidade dos frutos e melhorar a produtividade dos pomares.

A tarde de campo reuniu 31 participantes, entre produtores que já lidam com frutíferas e técnicos que prestam assistência em fruticultura, na Estação de Pesquisa do IDR-Paraná da Lapa. O principal objetivo foi repassar informações sobre os cuidados com os pomares, sobretudo com frutas de caroço. De acordo com Maghnom Henrique Melo, do IDR-Paraná da Lapa, é neste momento que o produtor consegue planejar a futura safra. “No período de crescimento vegetativo da planta, logo após a colheita, é preciso fazer a poda verde. Essa operação é repetida várias vezes até que as folhas da planta comecem a cair. Com a poda o produtor elimina os ramos ladrões, melhora a aeração e a insolação da planta e garante maior produção”, explicou.  Segundo ele, a prática também é indicada para maçã e outras frutíferas de clima temperado.

Outro assunto tratado pelos extensionistas foi o uso de produtos biológicos para o controle de fungos, pragas e doenças do pomar. Melo acrescentou que esses produtos podem aumentar o tempo de conservação da fruta após a colheita. “Normalmente o produtor colhe e tem que vender a produção rapidamente, antes que os frutos sejam atacados pela podridão parda. Com o uso de produtos biológicos é possível conservar as frutas por mais tempo”, observou o extensionista. Ele acrescentou que hoje existem no mercado diversos produtos biológicos autorizados para o uso em pomares, além disso, o produtor pode fazer alguns deles em sua propriedade.

Na Estação de Pesquisa do IDR-Paraná da Lapa os produtores puderam ver, na prática, várias técnicas de manejo. Ali podem ser encontradas 98 variedades de frutíferas e o pomar não recebe herbicidas há dez anos. Maghnom explicou que a área do pomar é mantida com plantas de cobertura durante todo o ano. “São plantas espontâneas como a guanxuma e a língua-de-vaca, combinadas com o amendoim forrageiro, a ervilhaca, o tremoço e a aveia. Essa cobertura mantém a umidade e melhora as condições do solo”, ressaltou. Outros aspectos importantes observados pelos técnicos durante a tarde de campo foram a adubação pós colheita, o espaçamento das plantas, as práticas que colaboram para manter a saúde das frutíferas e a sua produtividade.  “Muitos fruticultores não adotam a poda, por exemplo, porque têm medo de fazer errado. Eles acabam não podando a frutífera, comprometendo a produção. Nessa tarde de campo eles viram que é possível fazer a poda, manter a boa situação sanitária da planta e a produtividade do pomar”, concluiu. Todos os produtores foram orientados a buscar orientação com os técnicos do IDR-Paraná do seu município para dar continuidade ao trabalho de manejo das frutíferas em suas propriedades.

Reportagem: Roberto Monteiro