Grupo Ric, IDR-Paraná e Ocepar entregam prêmio Orgulho da Terra 08/12/2021 - 10:03

Lideranças políticas e de diversos segmentos do setor agropecuário participaram nesta terça feira (07), em Curitiba, da entrega do 1º Prêmio Orgulho da Terra. Uma iniciativa do Grupo RIC, em parceria com o IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-IAPAR-Emater) e o Sistema Ocepar. O prêmio é um reconhecimento das melhores práticas econômicas, ambientais e sociais do agronegócio paranaense. Na ocasião foram conhecidos os produtores selecionados que representam doze categorias da agropecuária paranaense. No mesmo evento o secretário Norberto Ortigara foi escolhido como Personalidade do Ano do Agronegócio, pela relevância do seu trabalho em favor da agricultura do estado.

Natalino Avance de Souza, diretor-presidente do IDR-Paraná, afirmou que a premiação mostra que é possível ter uma agricultura responsável e sustentável, o que é comprovado pelas inúmeras iniciativas analisadas durante a premiação. Segundo Natalino, a valorização das boas práticas no campo ajuda a incentivar o agricultor na busca de tecnologias que garantam uma produção mais sustentável e com qualidade. “Temos orgulho em participar desta iniciativa e valorizar, de alguma forma, quem se destaca no campo e assim incentivar a produção com qualidade e responsabilidade” afirma.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve presente à premiação e lembrou que a agricultura é o grande alicerce da economia paranaense. Para o governador, o esforço conjunto do setor produtivo e do governo vem conquistando um novo status para o Paraná no exterior. Ratinho Junior informou que a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) reconheceu o estado como referência para o mundo em sustentabilidade, graças às práticas agropecuárias aplicadas pelos produtores. O governador destacou ainda que o prêmio Orgulho da Terra é um reconhecimento aos agricultores que fazem com que a produção agropecuária do estado consiga mercado em todo o mundo. Para o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, a premiação  é uma vitrine e deve servir de referência para outros produtores. "O prêmio é um reconhecimento público ao agricultor que faz bem feito o seu trabalho".

O presidente executivo do grupo RIC, Leonardo Petrelli, disse que o agronegócio é uma das bases econômicas do estado e o prêmio avalia as iniciativas dos produtores, desde as condutas que contribuem para uma sociedade forte e diversificada, quanto as atitudes que destacam o compromisso com a sustentabilidade e o crescimento econômico. “O Prêmio Orgulho da Terra tem forte olhar para os produtores engajados e com competência técnica para o desenvolvimento de propriedades sustentáveis”, explica Petrelli.

As cooperativas participaram nos segmentos de Aves e Suínos onde se destacam sanidade, rastreabilidade, bem estar animal e sustentabilidade. Robson Mafioletti, superintendente do Sistema Ocepar, destacou que o prêmio é o reconhecimento do trabalho do homem do campo e também das cooperativas que têm forte participação na agropecuária do estado.

Seleção

Um Comitê de Notáveis composto pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seab), Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Federação da Agricultura do Estado Paraná (Faep) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep) examinou dezenas de propriedades indicadas pelo IDR-Paraná e pelo Sistema Ocepar para as doze categorias do prêmio. Com base nos pilares de crescimento econômico, social e ambiental, os técnicos verificaram como os empresários rurais aplicam as melhores práticas para alcançar altos padrões de qualidade na produção.

Laercio Dalla Vechia, premiado na categoria Soja, disse ter se sentido lisonjeado com o prêmio e afirmou que ele representa muitos produtores rurais. "A gente nunca trabalha sozinho, sempre tem uma equipe por trás. Tem o pessoal do IDR-Paraná, do Senar, das Cooperativas, os amigos com quem a gente troca informação", ressaltou. Para o produtor, a premiação pode estimular outros agricultores. "Quando a gente ganha um prêmio, outro produtor pode pensar: se o Laercio conseguiu eu também consigo. Muitas pessoas se sentem motivadas, porque não precisa aumentar custos ou fazer algo tão diferente para produzir mais. É algo prático. É o manejo. É a assistência técnica. É o monitoramento que faz toda diferença na nossa propriedade. É fazer o básico bem feito, com amor e o resultado aparece", concluiu  Dalla Vechia.  O produtor de Mangueirinha colheu 118,82 sacas por ha de soja, a maior produtividade do país, na safra 2019/2020.

Franciele Rechembach Haselbauer, de Salgado Filho, ganhou destaque duplamente na noite da premiação. Além de ser escolhida na categoria Agroindústria, ela também recebeu o Selo

Arte que dá direito à produtora de vender sua produção de queijos além dos limites do seu município. "A gente fica muito satisfeito, primeiro por estar recebendo o selo Arte que é um reconhecimento do estado do nosso queijo colonial do Sudoeste que tem esse vínculo com o território da nossa região. E o estado está reconhecendo o produto como um queijo artesanal que tem história e cultura de toda uma região. E em segundo lugar, o prêmio Orgulho da Terra é uma coroação de todo o trabalho que foi feito, desde a produção do leite até o produto final. Então a gente fica muito feliz por ter tido esse reconhecimento, por estar sendo visto e ter essa representatividade dentro do estado", comemorou a produtora

Elza Cordeiro ganhou o prêmio de Inclusão Social pelo trabalho com olerícolas que desenvolve em sua propriedade, que fica dentro do Assentamento São Joaquim, em Teixeira Soares. "Foi um orgulho muito grande porque eu não esperava. Queria agradecer muito o IDR-Paraná. Numa área pequena, de dois hectares, colocamos em prática os princípios da agroecologia.

E essa área dá ocupação para quinze pessoas. Conseguimos manter toda a família com pouca terra", afirmou a produtora. 

A seguir os premiados em cada categoria:

Agroindústria: Franciele Rechembach Haselbauer, de Salgado Filho, que produz o queijo colonial do Sudoeste.
Bovinocultura de Corte: José Alfredi Silveira Bovo, de Alto Paraíso
Agroecologia: Lúcia Alves, de Marechal Candido Rondon
Bovinocultura de Leite: João Carlos Ribas Ortiz, de Castro
Feijão: Moacir Gaspareto, de Prudentópolis
Inclusão Social: Elza COrdeiro, de Teixeira Soares
Piscicultura: Carlos Stuany, de Toledo
Sericicultura: Claudecir Luckmann, de Alto Paraná
Soja e Milho: LaércioDalla Vecchia, de Mangueirinha
Turismo Rural: João Carlos Betiatto, de Francisco Beltrão
Suíno: Marino Gabriel, de Nova Santa Rosa
Aves: Dalton Ludewig, de Maripá