Piscicultura faz parte da formação de estudantes da Casa Familiar Rural de São Mateus do Sul 14/10/2021 - 08:40

Educar é uma atividade desafiadora em todos os tempos, inclui manter o estudante atento a novas possibilidades que o seu entorno pode oferecer. Foi pensando nisso que os educadores da Casa Familiar Rural de São Mateus do Sul, com apoio dos técnicos do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná - Iapar-Emater) em parceria com a Petrobras, desenvolveram um projeto sobre a cadeia produtiva do peixe. Na escola os alunos conhecem desde a criação dos alevinos até o abate e preparo de pratos à base de peixe e esse conhecimento é levado para suas comunidades.

Na Casa Familiar Rural de São Mateus do Sul o sistema de alternância (em que o aluno permanece na escola por uma semana e na semana seguinte fica na propriedade) permite que os jovens se qualifiquem e se adaptem às evoluções da profissão de agricultor, em conjunto com a família e a comunidade onde vivem. 

Como a piscicultura é uma atividade que vem ganhando destaque na região, há alguns anos a escola incluiu a produção de peixe entre as atividades dos estudantes. Os jovens colocam em prática os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas, transformando a piscicultura em mais uma possibilidade de geração de renda para suas famílias.

Nas propriedades, os agricultores contam com o apoio da Petrobrás e IDR-Paraná em todas as etapas de implantação da piscicultura. Graças a esse projeto os seis viveiros da escola foram reativados e foi construída uma Unidade Demonstrativa, com capacidade de abater 500 kg de peixe diariamente. Por enquanto somente o peixe produzido na escola está sendo abatido no local para ser fornecido na merenda escolar, uma vez por semana. A UD cumpre todos os protocolos ambientais e sanitários e já tem o registro no SIM (Sistema de Inspeção Municipal).

A Casa Familiar estuda a possibilidade de oferecer aos piscicultores do município o serviço de abate de peixes. A Casa Familiar Rural de São Mateus do Sul mantém 45 jovens, com idade entre 14 e 17 anos, no curso de Técnico em Agroecologia que a partir do próximo ano passará a ser de Técnico Agrícola.

Reportagem: Roberto Monteiro