Produtores, técnicos, professores, pesquisadores e estudantes participaram de um dia de campo promovido pelo IDR-Paraná na última semana, no Polo de Pesquisa do IDR-Paraná em Pato Branco. O objetivo foi conhecer novas cultivares de feijão do IDR-Paraná, da Embrapa e do IAC. Além disso, os produtores discutiram com os extensionistas o manejo integrado de pragas do feijão, inoculação e bioinsumos. Outra novidade foi a demonstração da nova cultivar de feijão do grupo carioca, IPR Águia, que tem um escurecimento lento dos grãos durante o armazenamento e tolera o avermelhamento dos grãos quando ocorre chuva próximo ao momento da colheita. A cultivar IPR Águia também tem elevado potencial produtivo e porte ereto, o que favorece a colheita mecânica.

O cultivo de feijão e milho é tradicional no Paraná e compõe com outras atividades a renda de muitas propriedades rurais. Atualmente, o Paraná é o maior produtor de feijão do Brasil, com produtividade média de 1.650 quilos por hectare. Ao longo de sua existência, o IDR-Paraná tem pesquisado e desenvolvido diversas cultivares de feijão.

Apesar do rendimento dessas culturas ter melhorado nos últimos anos, ainda há vários desafios e problemas a serem superados. As tecnologias evoluem constantemente e a aproximação entre a pesquisa, assistência técnica e o setor produtivo é fundamental para a melhoria do manejo e produtividade do cultivo de feijão, bem como para conseguir um aumento da renda das famílias. Porém, é preciso que os avanços de produtividade e renda sejam acompanhados por ações sustentáveis, com o uso de boas práticas agrícolas. Só desta maneira o produtor poderá contribuir com a preservação ambiental e a segurança alimentar.

Mais feijão no prato - O Projeto Centro-Sul de Feijão e Milho é uma parceria entre IDR-Paraná, Syngenta, Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), IAC (Instituto Agronômico de Campinas), prefeituras municipais, entre outras instituições. O projeto é desenvolvido há 33 anos, sempre atuando na profissionalização de agricultores. O foco é o aumento da produtividade e renda, com uso de boas práticas agrícolas, bem como a promoção de oportunidades de diversificação de renda e acesso às políticas públicas para as famílias rurais. Os trabalhos realizados por este projeto nas unidades de produção demonstram que, ao implantar alternativas corretas, a produtividade pode superar 3.500 kg/ha de feijão.

Apesar de nunca faltar em nossos pratos, os produtores de feijão enfrentam alguns desafios para produzi-lo. Várias técnicas de cultivo são utilizadas para que esse alimento chegue às nossas mesas. As pesquisas realizadas pretendem melhorar, cada vez mais, os fatores de produção que influenciam na qualidade dessa planta que tanto agrega a nossas refeições.