Produtores de queijo valorizam capacitação do IDR-Paraná para o Prêmio Queijos Paraná 31/05/2023 - 13:10

Amanhã serão divulgados os vencedores do Prêmio Queijos do Paraná que vai apontar os melhores queijos do estado. A concorrência é grande, são 323 inscritos disputando a premiação que está dividida em 16 categorias. A categoria com maior número de concorrentes é a dos queijos tipo “minas artesanal” ou “colonial”, com 72 concorrentes. A categoria de criações especiais – como os queijos aromatizados ou condimentados com outros ingredientes, como doces, ervas ou café – teve 57 inscritos. Outros 47 produtos vão participar na categoria para similares à muçarela ou cacciocavalo. Os outros participantes, dividem-se entre as demais categorias.

Para melhorar a qualidade dos queijos e derivados, o IDR-Paraná promoveu uma série de cursos de capacitação, preparando os produtores e agroindústrias que participaram do prêmio. Desde agosto do ano passado os técnicos do Instituto vêm reunindo queijeiros de todo o estado em diversos eventos, para informá-los sobre a produção de queijos frescos e técnicas de maturação.

A Queijaria Fazenda Margarida está participando do concurso com quatro tipos de queijo (muçarela, poronguinho, colonial meia-cura e colonial 90 dias). A empresa está localizada na Lapa e foi criada em 1979. Durante muito tempo a produção de queijos da Fazenda Margarida foi modesta, quase de “fundo de quintal”. Mas de acordo com o gerente da fazenda, Fernando Nadal, foi a partir da orientação dos técnicos e da capacitação que o perfil da produção mudou. “A dona Rosa Dudek é nossa queijeira há 38 anos. Ela já vinha fazendo os queijos da maneira tradicional, mas nós a incentivamos a fazer cursos e a buscar novas receitas”, conta Nadal. Além disso, ele lembra que a orientação dos técnicos foi importante para a implantação de boas práticas de manipulação de alimentos, o que se tornou um divisor de águas para o empreendimento. Ele explicou que os funcionários da também foram capacitados para a produção do leite, melhorando sensivelmente a qualidade da matéria-prima dos queijos. Para Nadal, o concurso tem importância também como uma referência para a queijaria. “Esta é a primeira vez que esses queijos que produzimos na Lapa vão passar por uma avaliação técnica. É muito importante porque teremos a opinião de pessoas de fora, o que nos ajuda a afinar a produção”, concluiu Nadal. A Queijaria Fazenda Margarida está se preparando para lançar no mercado sua linha de leite e queijos orgânicos e produtos zero lactose.

Para Carolina Baptista, de Palmeira, a oportunidade de frequentar cursos de capacitação é essencial para o seu negócio. “A produção de queijo é uma atividade que precisa de constante desenvolvimento. Sempre estamos aprendendo algo novo nessas capacitações”, afirma. Além de aprimorar a produção, Carolina vê no Prêmio uma grande oportunidade de divulgar os produtos da Queijaria Baptista. “Para nós, o Prêmio é uma vitrine por reunir gente de todo o estado. A gente acaba conhecendo novos clientes, consumidores e também descobrimos novos parceiros”, afirmou.  Carolina acrescenta que os cursos técnicos sempre melhoram a produção, pois os queijeiros têm contato com profissionais com mais conhecimento. “A gente acaba descobrindo o que tem que mudar para melhorar a qualidade do produto”, ressalta A Queijaria Baptista vai paticipar do Prêmio com três tipos de queijo: o porungo, o nozinho e o trançado no vinho.

O Prêmio Queijos do Paraná é promovido por um comitê gestor formado pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater), Sistema FAEP/SENAR-PR, Sebrae-PR e Sindileite-PR, com apoio de 28 entidades. Os melhores queijos do estado serão conhecidos nesta quinta-feira, dia 1º de junho, no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba. Haverá também uma vasta programação ao longo do dia com minicursos e palestras.